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E.W.Kenyon |
Capítulo 5
Como Deus nos fez justos
Nossa posição com Deus está
no motivo da fé em Jesus Cristo. Em outras palavras, Deus pôs sobre Jesus
nossas iniqüidades.
2 Coríntios 5.21, “Aquele
que não conheceu pecado algum, Deus O fez pecado por nosso favor”.
Jesus foi mais do que uma
oferta pelo pecado. Ele foi realmente feito pecado com os nossos pecados. Ele
foi feito injustiça com a nossa injustiça.
Como nosso substituto pelo
pecado, suportando nossos pecados e nos suportando, Ele foi ao lugar de
sofrimento depois que deixou o Seu corpo. Ele permaneceu lá até que cada clamor
de Justiça contra nós fosse satisfeito.
Ele foi nosso substituto,
tomando nosso lugar, sendo feito pecado por nosso pecado. Ele foi à prisão a
qual os pecadores eram sentenciados e sofreu até que tudo contra nós fosse
cumprido.
Era a Deidade sofrendo pela
humanidade, e sendo Deidade, Ele pôde pagar a penalidade.
Quando a Suprema Corte do
universo declarou que o que Deus havia feito em Cristo era suficiente, que Seus
sofrimentos eram adequados e cumpriam cada exigência da Justiça, Ele declarou
que Jesus foi justificado ou feito justo. Romanos 4.25, “O qual foi entregue
por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa
justificação”.
Em 1Timóteo 3.16, Paulo diz
que Ele foi “Justificado no espírito”, e em 1Pedro 3.18, nós lemos que
Ele foi “Vivificado no espírito”.
Ele ressurgiu da morte, por
isso Ele foi chamado várias vezes de, “O Primogênito dentre os mortos”.
Deus pôs sobre Ele os nossos
pecados. Ele foi feito pecado, feito para sofrer em nosso lugar.
Quando Ele cumpriu a
exigência da Justiça, a morte não pôde mais segurá-lo.
Ele foi “declarado justo”.
Ele foi “vivificado”.
Ele se tornou “o primeiro
nascido dentre os mortos”, O cabeça da Nova Criação (Colossenses 1.18).
Quando cremos em Jesus Cristo
como nosso Salvador, Deus é capaz de nos declarar justos pelo que Jesus fez.
A Justiça restaura a quietude
e o descanso ao espírito. Não estamos mais com medo das contas, não mais com
medo das circunstâncias.
A fé se levanta
inconscientemente e nós encaramos a mais adversa condição com o senso de
superioridade.
Somos senhores. Não há nada
que o homem hoje mais precise do que o senso de Justiça.
A LIBERDADE É RESTAURADA
Ela não somente restaura a
paz, mas dá ao homem a coisa pela qual o coração humano tem buscado e lutado em
todas essas épocas – LIBERDADE.
A maior liberdade não é a
liberdade política, liberdade de preocupar-se com as finanças ou com o
desconforto físico, mas é a liberdade da consciência do pecado.
A Justiça restaura a
liberdade ao homem – o mesmo tipo de liberdade que Jesus teve, o tipo de
liberdade que a humanidade tem desejado acima de qualquer outra coisa.
É a liberdade em Cristo,
liberdade do medo de satanás, liberdade do medo do homem porque nós confiamos
em Deus com todo nosso coração. Não nos apoiamos sobre o nosso próprio
entendimento. Não somos importunados ou ficamos deprimidos pela razão ou pelas
circunstâncias.
Nós ficamos na doce,
maravilhosa consciência de, “Meu Pai é maior que tudo”, e “Maior é Aquele que
está em mim do que aquele que está no mundo”.
A FILIAÇÃO É DADA
A Justiça nos dá a mais doce
consciência dos privilégios de filho.
Somos filhos. Deus é nosso
Pai. Somos os Seus filhos. Estamos em Sua família.
Conhecemos nosso Pai. Ele nos
ama e nós O amamos.
A Justiça nos restaura a
alegria, a inexplicável alegria de comunhão com o Céu na mesma igualdade.
Não somos servos. Não somos
pecadores.
Somos filhos. Somos herdeiros
de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo.
Há duas fases para esta
Justiça.
A Primeira, Deus nos declara
justos, e a Segunda, somos feitos novas criações.
Nós nos tornamos
participantes da Divina Natureza, pelo que somos justos por natureza e justos
pela fé.
Agora podemos entender
2Coríntios 5.21, “Aquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado a nosso
favor”.
Por quê? “Para que nos
tornássemos Justiça de Deus Nele”.
Tão certo como Deus fez de
Jesus pecado, Deus nos fez justos no momento que O aceitamos.
“Sendo justificados
gratuitamente por Sua graça (ou sendo feito justo gratuitamente por Sua graça)
através da redenção que está em Cristo Jesus”.
Ele fez isso, “Para a
exibição, eu digo, de Sua Justiça por causa da ignorância dos pecados feitos já
antes, na proibição de Deus”.
O que Ele quer dizer com
isso?
Do tempo da queda de Adão até
a crucificação de Jesus, Deus tratou do pecado com sangue de carneiros e bodes.
Levítico 17.11, “Porque a vida da carne está no sangue, eu vo-lo tenho dado
sobre o altar para fazer expiação pela vossa alma”.
A palavra “EXPIAÇÃO”
significa “COBRIR”. Ela nunca é usada em conexão com o sangue de Cristo porque
o sangue de Cristo não cobre – ele purifica.
Não precisamos ser cobertos.
Sob a lei o pecado não era
guardado. Não era purificado. Só era coberto pelo sangue de cabras e bois.
Agora pela fé podemos ter
Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor. Quando fazemos isso nos tornamos
Justiça de Deus Nele.
Sendo feitos Justiça por Sua
graça, tenhamos paz com Deus através de nosso Senhor Jesus Cristo.
Tendo sido feitos justos,
tendo sido declarados justos pela Suprema Corte do universo, tendo tido esta
comunhão restaurada que foi desfeita através dos tempos, a paz de Deus que
excede todo entendimento inunda nosso ser (Romanos 5.1 – “Justificados,
pois, mediante a fé, temos (tenhamos) paz com Deus, por meio de nosso Senhor
Jesus Cristo”).
Agora podemos ficar em Sua
presença sem qualquer consciência de pecado, sem qualquer medo, porque, “Assim
como Ele é, somos nós neste mundo”.
Ele é justo. Ele mesmo nos
declara justos e nos faz justos.
RESTAURANDO A JUSTIÇA PERDIDA
Este foi o maior problema de
Deus.
Como podia Deus legalmente
restaurar ao homem sua Justiça perdida e continuar a ser Ele mesmo?
Os primeiros oito capítulos
de Romanos tratam com esse problema e nos dão à solução.
Efésios 2.12, “Não tendo
esperança e sem Deus no mundo”.
O homem caído está sem Deus e
sem esperança.
Ele está espiritualmente
morto, um participante da natureza de satanás. Ele não tem posição com Deus.
Ele não tem cidadania nem direito legal de apelação. Ele está como um condenado
numa penitenciária estadual.
Ele está em união espiritual
com o inimigo de Deus. Sua natureza é inimiga de Deus. Ele não está sujeito à
vontade de Deus e não pode estar, até que seja recriado (Romanos 8.7 – Por isso
o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus,
nem mesmo pode estar).
Como pode Deus reconciliar o
homem consigo mesmo, fazendo-o justo, e o restaurando a perfeita comunhão?
Isso só poderia ser feito
pelo próprio Filho de Deus tomando o lugar do homem, indo ao encontro de cada
exigência de Justiça e pondo-se ao nível de homem perdido (2Coríntios 5.17-21).
Jesus fez isso e, depois da
exigência da Justiça Ter sido encontrada, Ele foi justificado no espírito.
Não somente Ele foi
justificado no espírito, mas foi vivificado no espírito.
Ele foi recriado até que Deus
disse a Ele, “És meu filho, hoje te gerei”.
Quando Jesus foi declarado
justo, justificado e vivificado, então Ele foi restaurado a perfeita comunhão
com o Pai.
Depois que foi restaurado a
perfeita comunhão com o Pai e poder entrar no céu como se Ele nunca tivesse
sido feito pecado, Ele se sentou à direita da Majestade nas alturas.
Ele fez uma perfeita
substituição para o homem.
Ele tornou isso possível não
só para Deus justificar o homem, mas também para recriá-lo perfeitamente.
No fundamento disso, o homem
reconciliou-se com Deus. Agora ele tem direito de comunhão e amizade com o Pai
– para ficar em Sua presença como se nunca tivesse pecado.
O fato de que Jesus pôde
entrar na residência do perdido e ir diretamente à presença do Pai, prova que o
mais vil pecador pode fazer o mesmo através de Jesus Cristo o nosso Senhor.
Isso não faz diferença em
quão perverso um homem possa ser, se ele aceitar Cristo como seu Salvador e
confessá-lo como seu Senhor, Deus o faz nova criação. Tal homem se torna
Justiça de Deus em Cristo.
A Justiça se torna uma
realidade viva Nele.
No jardim, Adão tinha
perfeita comunhão com Deus. Nenhuma obra que Deus pudesse fazer para o homem
poderia ser perfeita ao menos que desse de volta ao homem a sua Justiça perdida,
seu privilégio de comunhão perdido e seu domínio perdido.
Sua Justiça perdida e sua
comunhão perdida são restauradas na nova criação.
No momento que sua Justiça é
restaurada, seu domínio perdido é também restaurado no uso do Nome de Jesus.
“Se pedirdes alguma coisa
ao Pai, Ele vos dará em Meu Nome”.
O HOMEM JUSTO
“A oração do homem justo” Tiago 5.16.
Você é um homem justo e sua
oração vale muito em seu efeito.
Elias foi considerado justo,
um servo da Justiça. Você foi feito justo por receber a natureza do Pai. Não há
limites para a sua vida de oração. Você tem dentro de você agora todos os
elementos que são necessários para fazer de você tudo aquilo que o Pai sonhou
que você seria em Cristo.
Ouse orar, ouse usar o Nome
de Jesus, ouse tomar (pegar) seu lugar. Seja sem medo como o Mestre era em Seu
tratamento com satanás e com a doença porque você tem Seu nome, você tem Sua
capacidade, Ele é agora Sua sabedoria e a força da sua vida.
O segredo da vitória é agir
sem medo, confessar confiantemente que satanás teme você.
Você é um homem justo.