"Mas Deus PROVA SEU AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós AINDA PECADORES." Romanos 5:8

quarta-feira, 29 de julho de 2015

O que é tomar a comunhão de maneira indigna?


  Muitos não vão à igreja no dia da ceia, pois morrem de medo de serem julgados pelo Senhor por toma-la indignamente.  Outros deixam passar a bandeja com os elementos, pois estão cheios de consciência de pecado; discutiram com a esposa, perderam a paciência e xingaram; estão lutando contra maus-hábitos, etc... Pensam que se tomarem, eles estarão pecando contra o corpo e o sangue de Jesus e correm o risco de serem condenados e disciplinados pelo Senhor.  Bem, nós precisamos examinar o contexto da passagem para entender o que Paulo queria dizer com o “comer indignamente”. Certamente ele não estava falando de dignidade pessoal ou pecados individuais praticados pelos irmãos, pois por esse prisma ninguém poderia participar da ceia. Ou ninguém participa, porque ninguém é digno por si mesmo, ou todos participam, pois todos se tornam dignos pelo sangue do cordeiro. Antes de falar do ato de comer e beber o pão e o cálice, tal ato relembrava o sacrifício de Jesus por nós, Paulo repreende a atitude dos irmãos na ceia (refeição completa), pois a exemplo do que aconteceu na última páscoa que Jesus celebrou com os discípulos após a refeição ele tomou o pão e o cálice para falar de sua morte. Na igreja primitiva o partir do pão acontecia em meio a uma refeição (ceia) completa. A ceia era um momento de comunhão, comer juntos naquela época era algo muito especial; era um momento de compartilhar os bens alimentícios como um testemunho do corpo de Cristo para o mundo. Em Corinto não estava acontecendo assim, pelo contrário a reunião deles era um péssimo testemunho de comunhão e amor, vejamos o texto.
“Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.” 1 Coríntios 11:17,18.
“De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia (do grego, deipnon, ceia, especialmente uma refeição formal geralmente realizada à noite; usado em referência à festa do Messias, simbolizando salvação no reino; comida tomada à noite) do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se. Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.” 1 Coríntios 11:20-22
Paulo disse: Não vos louvo, não elogio a reunião de vocês, pois a reunião de vocês não é para melhor e sim para pior. Por que Paulo disse isso?  Porque havia divisões entre eles, grupos rivais que se sentavam à mesa para celebrar comunhão e amor através da refeição. Você pode perceber tamanha hipocrisia, e falso testemunho. Aquela reunião da igreja era para comer a ceia (a refeição) do Senhor, era uma reunião para testemunhar o amor e a comunhão entre os irmãos que foram redimidos pelo sangue do cordeiro. Paulo chega a dizer: “não é a ceia do Senhor que vocês estão comendo”. Pois não havia comunhão entre eles. Veja, o foco dessa reunião era a comunhão. Cada um estava focado em si mesmo e em seu grupo, não esperavam uns pelos outros, uns comiam demais e se embriagavam, enquanto que outros que chegavam depois nada comiam. Que péssimo testemunho de amor e comunhão. “Vocês desprezam a igreja de Deus (o corpo de Cristo).” Ao mesmo tempo em que os irmãos de corinto comiam o pão que representava o corpo de Cristo e a unidade deste corpo “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.” 1 Coríntios 10:17, eles contradiziam esse testemunho com seus atos de divisão e falta de amor. Eles não estavam discernindo o verdadeiro corpo do Senhor que não é um pedaço de pão, mas sim os irmãos pelos quais Jesus derramou seu sangue.  A indignidade que Paulo se refere não é a respeito de pecados individuais, senão ele teria que dar essa mesma orientação para todas as igrejas, mas sim o pecado de participar da ceia (lembre-se refeição completa que testemunhava a comunhão dos irmãos) sem discernir o corpo de Cristo. Depois que Paulo termina sua fala no versículo 22, ele entra com um parêntese para falar do que ele recebeu do Senhor a respeito do memorial do partir do pão. No versículo 33 ele conclui o assunto.
“Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for.”1 Coríntios 11:33,34. A conjunção, portanto, está concluindo seu raciocínio do versículo 22. Qual é a conclusão de Paulo: quando vocês se reunirem para comer, tal reunião deve ser expressão de amor e comunhão genuína, esperai uns pelos outros, tenham discernimento do corpo de Cristo, vejam a seriedade deste ato de comerem juntos para celebrar, testemunhar e relembrar da morte do Senhor até que ele venha. Se alguém tiver com muita fome coma em casa primeiro, pois a ênfase da reunião é a comunhão, é o esperar uns pelos outros, a ênfase é o amor e a demonstração de que Cristo morreu para nos fazer um na família de Deus. Fazendo assim, o ajuntamento de vocês não será para repreensão, condenação, mas sim para louvor e alegria do Senhor.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

NÃO CONVERSE COM A SERPENTE.


Por que Eva caiu e levou seu marido a queda? Porque ela conversou, deu atenção, a Serpente. A Serpente astuta e maliciosa relativizou a Palavra de Deus. Deus havia dito: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Gênesis 2:16,17. A Serpente disse para Eva: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? (veja a astucia da serpente, ela provocou a mulher para dar uma resposta, era queria a atenção da mulher, e a mulher caiu na cilada e começou a dar atenção a serpente. Nossa derrota começa quando damos atenção a Serpente)

E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Gênesis 3:1-3
Respondeu a Serpente: “certamente vocês não vão morrer. Deus não quer que vocês comam, porque Ele sabe que no dia que vocês comerem, vocês serão iguais a ele.” O que a serpente disse: “Deus é um tirano, ele quer roubar de vocês o direito de serem livres e fazerem o que quiserem.”
O problema de Eva foi que ela deu atenção à Serpente e começou a considerar o que a Serpente disse. Começou a relativizar a Palavra de Deus. A Palavra de Deus não era mais algo certo e absoluto para Eva. Deus disse se vocês comerem, certamente morrerão. Mas ela não deu mais atenção a essa advertência, deixou de lado a ordem do Senhor. Quando ela deu atenção à Serpente e relativizou a Palavra de Deus ela foi despertada para o fruto. É assim que começa a destruição e morte na vida da pessoa. Primeiro ela começa relativizando a Palavra de Deus. “Não é bem assim”. “Não tem nada haver”. “Não estou fazendo mal a ninguém”. “Eu fiz e não aconteceu nada.” A pessoa vai se abrindo para novas considerações, todas lógicas, todas inofensivas. Que mal há em comer uma fruta? É o raciocínio relativizado. A mulher foi despertada! E usou do seu direito e poder de liberdade. Usou sua liberdade para ir de encontro à ordem estabelecida, entrou em outro mundo... Novas experiências... Novas sensações... Mas o fim dessa nova caminhada seria o encontro com a morte.

“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” Gênesis 3:6. Até então, a mulher não tinha reparado o fruto da árvore, após sua conversa com a serpente ela viu que a árvore era boa e agradável aos olhos e lhe daria novas experiências, tomou, comeu. Ela só se abriu para uma nova experiência, e experimentou da árvore, quando relativizou a Palavra de Deus dando atenção a serpente. Enquanto ela não conversou com a serpente a árvore do bem e do mal era algo como inexistente para ela, ela nunca havia reparado se quer considerada a possibilidade de comer de tal fruto. Seus desejos foram despertados, porque ela deu conversa a Serpente e  relativizou a Palavra de Deus: a cobiça dos olhos, “agradável aos olhos”; a cobiça da carne, “boa para se comer”; a soberba da vida, “desejável para dar entendimento”. Ela se inclinou para a carne (as paixões despertadas), Paulo o apóstolo disse: “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser”. Romanos 8:6,7

Por que a inclinação ou pendor (no grego phronema = o que alguém tem em mente, os pensamentos e propósitos) da carne é morte. Quando relativizamos a Palavra de Deus e nos inclinamos para nossos desejos e vontades em detrimento das ordens do Senhor, nos separamos da fonte, do manancial de vida, e escolhemos um caminho de morte. A Serpente coloca seus ovos, deposita-os em nossa mente, mas não devemos chocar ovos de serpentes. . 

terça-feira, 14 de julho de 2015

A PRESENTE JUSTIÇA DE DEUS.


1)       1) A justiça de Deus é revelada no evangelho.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.” Romanos 1:16,17

“Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Romanos 3:20-24

A justiça que é pela fé. A justiça que realmente justifica o pecador.
Na Bíblia vemos dois tipos de justiça:
- a justiça da lei que era baseada na observância dos mandamentos, e que não justificava o pecador por causa de sua incapacidade.
- a justiça da graça, que vem pelo evangelho, baseada na obra redentora do Senhor Jesus.

2) Qual lei está em vigor hoje para que o pecador seja justificado?

“Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.” Romanos 3:27,28.

A lei que o pecador tem que obedecer hoje para ser justificado, consequentemente salvo, não é a lei de mandamentos, mas sim a lei da fé. Somente através da obediência de fé é que ele é justificado.

“Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.
E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” Romanos 6:17,18.

3) Através da fé o pecador passa por uma experiência espiritual chamada novo nascimento.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17

 O pecador justificado se torna uma nova criatura (grego - kainos ktisis = participante de uma nova criação). Essa nova criação recebe a natureza de Deus como filho de Deus. Tal natureza é o amor.
O pecador justificado, agora tornado filho de Deus pelo novo nascimento, participante de uma nova criação, tem como princípio ativo de vida, o amor. Ele é colocado debaixo da lei do amor.
O pecador que foi regenerado tornou-se justo, santo, filho de Deus, agora está debaixo apenas de duas leis, a lei da fé e do amor. Este é o resumo da justiça de Deus que vem pelo evangelho, fé e amor.

“Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.” Gálatas 6:15

“Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.” Gálatas 5:6


A manifestação do amor, a natureza da nova criação, revelada através dos frutos do Espírito Santo mostra a realidade espiritual existente no pecador que foi regenerado. Ele obedece a lei do amor não como uma pressão de fora para dentro, como era a obediência da lei de mandamentos, mas sim como um impulso vital pertencente a nova vida.  A expressão do amor, dos frutos do Espírito, é a expressão do caráter e natureza de Deus é o andar em santidade do ex-pecador que se tornou filho de Deus.  

“Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei (de mandamentos da antiga aliança que não justifica, mas apenas condena).” Gálatas 5:18.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei (
quem expressa a natureza de Deus pelos frutos está justificado e livre da condenação da lei).” Gálatas 5:22,23

NOVA ALIANÇA - A ALIANÇA DA FÉ PARA RECEBER - PARTE 2/2

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