"Mas Deus PROVA SEU AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós AINDA PECADORES." Romanos 5:8

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O PERIGO DA ESTAGNAÇÃO


O tema da carta de hebreus é prosseguir, avançar, crescer, ir avante.

“O livro de hebreus foi escrito por um hebreu para outros hebreus para dizer-lhes que deixassem de agir como hebreus”. DR. Walter Martin. Muitos dos primeiros crentes judeus estavam caindo de volta aos rituais do judaísmo a fim de escaparem da crescente perseguição. A carta, então, é uma exortação para esses crentes perseguidos continuarem na graça de Jesus Cristo.
“O livro de Hebreus trata de três grupos distintos: judeus convertidos verdadeiramente a Cristo; incrédulos que tinham conhecimento e uma aceitação intelectual dos fatos de Cristo e; incrédulos que tinham sido atraídos a Cristo, mas que acabaram o rejeitando. É importante entender a qual grupo cada passagem está se dirigindo, pois deixar de fazer isso pode levar-nos a tirar conclusões inconsistentes.”

Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.
Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;” Hebreus 2:1-3.

Como escaparemos nós se rejeitarmos a salvação trazida pelo Filho. O Filho é muito mais superior do que anjos, profetas e o próprio Moisés. Se os que desobedeceram as palavras pelos anjos foram punidos, como nós – povo da aliança, judeus descendentes de Abraão – escaparemos se rejeitarmos a grande salvação trazida pelo Filho. E nós, judeus segundo a carne, que ouvimos e cremos na palavra do evangelho, devemos nos apegar com mais diligência ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos delas.

Três níveis de queda:

Estagnação, desvio, apostasia.

ESTAGNAÇÃO

“Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”. Hebreus 5:11-14.

O perigo da estagnação. O perigo de não avançar. O perigo de ouvir, mas não colocar em prática o que tem ouvido. A estagnação é perigosa porque ela é o primeiro degrau da queda e, muitas vezes isso não é percebido. As pessoas que estão estagnadas espirituais não conseguem perceber que elas já pisaram o primeiro degrau da queda espiritual. A Bíblia tem muito a falar sobre a importância do crescimento espiritual. A exortação do autor aos hebreus é para que os judeus que receberam o evangelho deixem de lado os rudimentos do judaísmo e cresçam se desenvolvam na salvação trazida pelo filho. Não importa a perseguição; não importa o sofrimento; essa palavra veio pelo Filho, fiquem firmes e não voltem atrás. Pois muitos, a semelhança do que Jesus falou na parábola do semeador referente ao solo pedregoso, receberam a palavra com a alegria, mas por causa da perseguição estavam abandonando a recente fé, por não terem profundidade. Por serem lerdos em aprender, tomavam apenas leitinho, não se desenvolveram espiritualmente; rejeitaram alimento sólido que confirmaria a eleição deles e jamais voltariam atrás.  Desviar-se aqui, no contexto dessas passagens, capítulos 2 – 6; é negar a Jesus, como o Messias prometido, e voltar para o judaísmo. É amaldiçoar Jesus publicamente e voltar aos rituais judaicos. O desvio que leva a apostasia.   


A IMPORTÂNCIA DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL.

“Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,”
Efésios 4:12-15.

O crescimento espiritual é importante porque ele nos livra do desvio. O crescimento espiritual livra o crente de toda espécie de desvio: desvio doutrinário; desvio de santidade e da apostasia. O propósito do crescimento espiritual é que não sejamos mais como crianças inconstantes, levadas de um lado para o outro por todo vento de doutrina – desvio doutrinário. As crianças seguem ensinamentos que lhes satisfazem, elas estão voltadas para si, para seus desejos e necessidades e, com isso correm risco de serem levadas e enganadas por homens mercenários.  As crianças são facilmente enganadas. É necessário crescer, avançar na verdade do evangelho de modo experimental para sermos livres do erro. A ênfase é o crescimento. O objetivo do evangelho é o nosso crescimento espiritual, fazer de cada um de nós semelhantes a Jesus.  “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;” Romanos 8:29. Essa é definição bíblica de crescimento espiritual, ser mais parecidos com Jesus. “... a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo...”.
“Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens perversos sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;
antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade”. 2 Pedro 3:17,18
“Desejai, como meninos recém-nascidos, o leite racional, sem dolo, para que por ele cresçais para a salvação”, 1 Pedro 2:2.

O que garante a minha salvação, “jamais tropeçareis”, é o crescimento espiritual. Eu demonstro que realmente nasci de novo, através dos frutos de Deus em minha vida. A salvação é demonstrada pelos frutos. A salvação é demonstrada pelas características de Deus em mim. A pessoa creu; fez a boa confissão; foi batizada nas águas, mas ela pode ser um solo pedregoso ou cheio de espinhos; o que vai mostrar que a pessoa é uma boa terra são os frutos. Muitos podem ter apenas uma capa de piedade e não a piedade verdadeira enraizada em seu coração. É necessário apegar-se com firmeza a palavra revelada; quebrantar-se diante de Deus e ser um com a Palavra, demonstrando os frutos de Deus.

“E por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor.
Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, elas não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, vendo somente o que está perto, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.
Portanto, irmãos, procurai mais diligentemente fazer firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.
Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” 2 Pedro 1:5-11.

Resultado do crescimento espiritual: confirmação da regeneração e garantia da entrada no reino. Pedro fala de um desenvolvimento. “... Empenhe-se diligentemente para acrescentar à vossa fé...” A fé (teórica, um assentimento mental) apenas não basta. A pessoa faz a boa confissão, se batiza nas águas, se junta a comunhão do corpo de Cristo, mas as qualidades divinas, as características da nova vida em Cristo precisam estar e crescer para confirmar a sua salvação. Senão houver crescimento, desenvolvimento espiritual, tal pessoa pode cair na categoria de terra pedregosa ou cheia de espinhos, se desviará e entrará em apostasia.
O novo nascimento é uma experiência dramática. Ele acontece pela fé, mas não é apenas uma crença, uma concordância mental.
“Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem.
Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” Tiago 2:19,20.
O novo nascimento produz uma mudança radical no interior do homem, uma mudança em seus pensamentos, na maneira de ver a vida. Os preceitos da Lei de Deus cumprem-se em sua vida. “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. Para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Romanos 8:3, 4.
O novo nascimento é uma experiência real e espiritual. O novo nascimento é uma transformação radical no interior do homem que se expressa pelos frutos de Deus. Quando houver e abundarem as qualidades de Deus na vida de uma pessoa sua vocação e eleição estão sendo confirmadas, ela jamais tropeçará e “... amplamente será concedida a entrada...” dela no eterno reino do Senhor Jesus.

“Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;” Hebreus 8:10.
O Espírito Santo escreve no coração do regenerado o DNA espiritual. As instruções genéricas que levará a pessoa a ser conformada a imagem do Senhor Jesus.  (Efésios 2:10)

A vida de um verdadeiro regenerado tem que produzir frutos, é isso que caracteriza o novo nascimento. Os frutos mostram que você é uma boa terra, que você nasceu de novo. O novo nascimento produz no homem; sinceridade, honestidade, santidade, justiça, amor (misericórdia, compaixão, socorro aos necessitados). O trabalho do Espírito Santo é tirar o filho de Deus da natureza egocêntrica e conforma-lo à imagem de Jesus Cristo.  Se o Espírito Santo do Deus vivo está habitando em você, é natural que isso ocorra.  


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O CAMINHO DE CAIM


Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré. Judas 1:11

Segundo a Bíblia, Caim foi o homem que cometeu o primeiro assassinato, a partir de então ele tornou-se um arquétipo; por toda a Bíblia nós vemos o caminho de Caim. E foi estabelecido o paralelo entre o caminho de Caim e de Abel. A diferença entre o ímpio e o piedoso; entre o rebelde e o obediente; entre a religião fruto do esforço humano e a revelação dada por Deus; entre a crença e a fé. Vamos ver como se iniciou o caminho de Caim.

“E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante”. Gênesis 4:3-5.
“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala”. Hebreus 11:4

“Caim trouxe uma oferta”. Ele adorou a Deus da sua maneira, conforme seus próprios pensamentos. Nele havia um sentido religioso; oferecer algo a divindade para alcançar sua bênção. Ele trouxe o fruto da terra, resultado do seu esforço, resultado do seu trabalho braçal de arar e cultivar a terra. Sua teologia estava fundamentada em Barganhar com Deus, conquistar o favor divino com o trabalho. Abel, por sua vez, trouxe uma oferta de acordo com a revelação de Deus. Abel era piedoso, procurava fazer as coisas de acordo com o padrão e vontade de Deus. Ele colocou em prática o que recebera de seus pais mediante a revelação de Deus. “E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu”. Gênesis 3:21. Um animal teve que morrer para cobrir a nudez (pecado) do homem. Após o pecado entrar no mundo o caminho de volta para Deus fora estabelecido pelo derramar de sangue, uma figura do que o redentor faria pelo homem na cruz. Cristo, o cordeiro morto antes da fundação do mundo. Abel foi a Deus pelo caminho de Deus. Abel colocou em prática a revelação que Deus dera a seus pais. “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. Hebreus 9:22. Abel colocou sua fé na graça de Deus. Ele não foi até Deus baseado em suas obras e esforço, mas sim, em humildade e dependência, confiando que sua oferta de adoração seria aceita por estar de acordo com o padrão do Senhor. Por sua piedade verdadeira, fruto de um coração temente a Deus, foi considerado justo e aprovado por Deus. Enquanto Caim trouxe uma oferta, Abel trouxe a oferta. Ao ser reprovado pelo Senhor, o coração de Caim foi revelado; mostrando sua falsa piedade. Na verdade Caim estava centrado nele, seu culto foi com o objetivo de alcançar o favor da divindade. A inveja e a ira se apoderaram de Caim levando-o a matar seu irmão. Esse é um caminho. O carnal sempre se levantará contra o espiritual; a religião do homem pautada em prestígio, poder e riqueza; sempre perseguirá e matará os verdadeiros profetas de Deus. Os apóstatas sempre perseguiram os que estão na genuína fé. ”Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora”. Gálatas 4:29.

Bem, por toda a bíblia vemos esses dois caminhos: O caminho da religião baseada no homem. O caminho do esforço humano, das obras de justiça produzida pelo homem; e o caminho da fé baseado na revelação de Deus. O caminho do operar de Deus no homem, pelo homem e através do homem. Na vida de Abraão, também vemos esse dois caminhos representados por Ismael e Isaque.  “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa”. Gálatas 4:22, 23. A carne produz obras para tentar alcançar o favor de Deus, a promessa produz a fé que faz o homem descansar na graça e fidelidade daquele que prometeu.Vemos aqui dois tipos de espiritualidade. Em toda história do homem, passando por todo o planeta, nós só temos dois tipos de espiritualidade: a espiritualidade da terra; do esforço humano, fruto da imaginação e elucubrações humanas, a espiritualidade de Caim. E temos a espiritualidade do céu, da fé, resultado de receber e confiar na revelação trazida por Deus ao homem, a espiritualidade de Abel. O caminho das religiões, inclusive o judaísmo e cristianismo, versus o caminho do evangelho. O que fica fora do evangelho e de Cristo é religião da terra, religião do auto esforço humano tentando alcançar a Deus. A oferta de Caim é a oferta da ralação, do suor, das obras da religião. É a oferta da Lei, o caminho representado pela lei. É a tentativa de complementar a obra da cruz, a cruz só não basta. Para os do caminho de Caim a cruz não foi suficiente é necessário o esforço do sacrifício para receber algo da divindade. O caminho de Caim, também é o caminho da piedade falsa. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. 2 Timóteo 3:5. O caminho de Caim tem toda a indumentária religiosa – roupa, linguagem, rituais – canta louvores, dar dízimo, frequenta a igreja; mas não abre mão do controle de sua vida. É a espiritualidade da aparência, mas sem conteúdo. É o caminho da hipocrisia e apostasia que tem dominado a igreja moderna; fala da fé (confiança, entrega, rendição), mas a muito já abandonou a mesma, vivendo apenas pela aparência da religião. O caminho de Caim por um lado é o caminho da paranoia, da angústia e frustração por tentar servir a Deus pelo esforço. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus”. Romanos 10:2,3. Por outro lado é o caminho da independência, de prestar culto de acordo com suas ideias e preferências, a parte da revelação de Deus. “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” Lucas 6:46. Nestes dias perigosos, dias de muito engano, temos que tomar cuidado, pois o próprio Senhor nos advertiu “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. Mateus 24:4, 5. Assim como, fomos exortados por Judas a batalharmos pela genuína fé que tem uma expressão insofismável pelos frutos do espírito na vida dos verdadeiros filhos de Deus. Infelizmente, muitos (ministros e pregadores) em nossos dias, entraram pelo caminho de Caim, que é caracterizado pela religiosidade do esforço humano, da falsa piedade e da centralidade do ego.   







quarta-feira, 2 de setembro de 2015

AQUELE QUE É NASCIDO DE DEUS PECA?


Muitos no corpo de Cristo estão vivendo vidas frustrantes, vazias, depressivas, sem propósitos...; estão contaminados com a religião. Sim! Religião! Religião evangélica, católica, em suma: o cristianismo (mistura de princípios de filosóficos gregos, organização romana, crendices pagãs, princípios e rituais judaicos com princípios do evangelho). Quando falo de religião, estou trabalhando com o conceito do auto aperfeiçoamento. Fazer coisas para agradar a Deus e receber seus favores. Bem, esse é um caminho de frustrações e derrotas. Quem por si mesmo pode agradar a Deus em tudo?  Os crentes estão cheios de erros, maus-hábitos, vícios, feridas, sentimentos negativos e outras coisas mais. A incapacidade de “andar na linha” e a derrota tem sido o pão de cada dia da maioria. Com isso vem a má consciência, o sentimento de culpa, de menos valia; sentimentos depressivos e consequentemente o naufrágio da fé. Perde-se a ousadia, o brilho de uma fé viçosa. O evangelho diz que o Eterno nos fez agradáveis a Si no Amado. Diz também, que o Senhor derramou sobre Jesus toda a sua ira, julgando o pecado na carne de Jesus e agora Sua misericórdia e Amor estão voltados totalmente para nós e derramado abundantemente sobre nós em Cristo Jesus. A ira de Deus não está mais sobre você, ela foi totalmente derramada sobre Jesus na cruz. Ele não está cobrando de você um bom comportamento para ser aceito e abençoado. Ele quer que você confie, creia em Seu amor e receba a vida eterna (zoe) que te transformará em uma nova criatura introduzindo-o na nova criação. A vida de Deus te faz agradável a Ele. Eu venci os meus maus-hábitos, vícios, pecados e fracassos, quando eu descobri a diferença entre espírito alma e corpo e três escrituras esclareceram para mim muitas coisas e me trouxeram luz para andar em vitória.  1) “todo aquele que é nascido de Deus, não faz (comete) pecado, porque a sua semente permanece nele, e ele não é capaz de pecar, porque de Deus ele tem sido gerado” (1 João 3:9 - Tradução Literal de Young).  A lógica de João: “Deus não peca, logo, quem é nascido de Deus não peca”.  Na regeneração, onde acontece o novo nascimento? No espírito humano. Quem nasce de novo? O espírito humano, o homem interior. No novo nascimento nosso corpo e alma permanecem os mesmos, nada muda, pois essa experiência se dá no espírito. O nosso espírito é o novo homem criado em justiça e santidade procedentes da verdade (efésios 4:24). Bem, o espírito, o novo homem, pertencente a nova criação em Cristo, não peca.  2) “Agora, não sou mais eu que faz isto, mas pecado que habita dentro de mim” (Romanos 7:17 - Interlinear grego Strong). “Não sou mais eu que comete o pecado”. O homem interior, o espírito renascido, que tem a semente de Deus permanente nele, não peca. Mas sim, “o pecado que habita em mim”. Paulo personificou o pecado, como se fosse uma outra pessoa habitando em seu corpo cometendo o pecado. Esta palavra de Paulo me libertou para sempre: “não sou mais eu que peco”. Eu agora sou santo, sou justo, nascido de novo, meu prazer é viver em justiça e santidade, meu prazer é agradar ao meu Senhor. Eu, o novo homem, não peco. Deus não está contra mim, não está irado comigo; eu sou seu filho, estou unido com Ele em espírito, faço parte de sua nova criação. Eu saí da antiga criação que estava debaixo da ira de Deus. Em Cristo essa criação foi julgada e destruída. Todos os meus pecados foram pagos e cancelados. Deus derramou toda ira da justiça da lei destinada a mim sobre Jesus. Agora, sobre mim Ele derrama Seu amor e Sua graça. Agora, sou um novo homem em Cristo. Os pecados que cometo não sou eu, mas sim, o pecado que habita meu homem exterior - minha alma contaminada que precisa ser restaurada e meu corpo de vergonha que precisa ser glorificado. Quando peco, Deus não está contra mim, mas comigo para me ensinar e me levar ao caminho da vitória. Nada me separa deste amor, pois eu entrei na nova criação em Cristo Jesus.  3) “Miserável homem que eu [sou]! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus - por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor; por isso, então, eu realmente com a mente sirvo a lei de Deus, e com a carne, a lei do pecado. (Romanos 7:24,25 - Tradução Literal de Young) Por anos fiquei sem entender esta passagem. Paulo começa lá em cima, começa com a solução: “graças a Deus por Jesus que nos dá a vitória”. Bem, está resolvido o problema! E de repente cai vertiginosamente para o fundo do poço novamente: “eu realmente com a mente sirvo a Deus, mas com a carne, a lei do pecado.” Eu ficava frustrado. Sem entender. Afinal, temos vitória em Cristo ou não temos? Até que um dia me chamou a atenção a expressão: “...eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (ARA). A luz brilhou! “de mim mesmo”, “por mim próprio”. Através da minha capacidade natural. O Jorge segundo a carne, pertencente a primeira e antiga criação, sempre servirá ao pecado com a carne (o corpo contaminado com o pecado. Sarx no grego. “A carne, denota mera natureza humana, a natureza terrena do homem para além da influência divina, e, portanto, propenso ao pecado e oposição a Deus”- Strong). Mesmo que com a minha mente eu concorde com Deus, com sua lei e vontade, enquanto eu viver por mim mesmo, por minha natureza humana eu sempre serei escravo do pecado.  É o que Paulo está falando a vitória é através de Cristo Jesus, eu, de mim mesmo, por minha capacidade natural, sempre serei escravo do pecado. Por isso, a afirmação dele em gálatas. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. Gálatas 2:20. Andar em vitória sobre o pecado é, não eu viver mais, mas Cristo viver Sua vida através de mim. Isso acontece no novo nascimento. Meu espírito que nasceu de novo, foi unido ao Espírito de Cristo; e agora, sua vida (zoe) flui para dentro do meu espírito e se expressa através da minha alma e corpo. Pela fé desfruto da vida de Deus; e vivo por sua vida, a qual me conduz em triunfo. Essas verdades me libertaram completamente me colocaram em uma outra dimensão espiritual, de vitória, paz e alegria. Não tenho mais medo de Deus, não me escondo e corro de Sua presença quando erro, pois, agora eu sei que Ele está comigo, sei que Ele me ama, não me abandona, e está do meu lado para me levar a vitória sobre o pecado, fracassos e todo mal. Não sou eu que peco; eu sou o novo homem nascido de Deus e vivo para agrada-lo. Por que Deus estaria irado comigo? Por que me rejeitaria? Ele sabe que não sou eu que peco, mas sim, o pecado que está em mim. Ele me ama. Ele ama seus filhos. Ele se alegra neles. Aquele que é nascido de Deus não peca! Não tolera o pecado, não é indulgente com ele, tem desejo de pureza, justiça e santidade. Purifica-se, assim como Ele é puro; e unido com a fonte de vida é conduzido de triunfo em triunfo, de glória em glória!


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