"Mas Deus PROVA SEU AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós AINDA PECADORES." Romanos 5:8

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Aliança de Sangue


      E. W.  Kenyon

Capitulo 3
A Aliança na África

Uma das ilustrações de Stanley pode nos ajudar a
compreender o significado desta aliança.
Quando Stanley estava procurando Livingstone, entrou em
contato com uma poderosa tribo equatorial, muito guerreira.
Finalmente, seu intérprete perguntou-lhe porque não fazia
uma aliança com a tribo. Querendo saber o que significava, o
intérprete lhe explicou que um beberia o sangue do outro.
Stanley sentiu repugnância por tal ritual, mas as condições
entre eles continuavam cada vez piores, até que finalmente o
jovem negro sugeriu-lhe novamente que cortasse aliança
com o chefe da tribo. Stanley perguntou quais os resultados
de tal aliança e o intérprete respondeu: “‘Tudo o que o chefe
tem, será teu, quando precisares.”
Isto surpreendeu a Stanley que começou a investigar. Após
vários dias de negociação chegaram a uma aliança.
Primeiro houve negociação na qual o chefe da tribo requereu
de Stanley esclarecimentos sobre seus motivos para cortar a
aliança, e averiguou sua disposição e capacidade para
guardá-la. O próximo passo foi a troca de presentes.
O velho chefe africano queria a cabra branca de Stanley.
Mas Stanley estava em péssimas condições de saúde e o leite
da cabra era quase tudo o que ele podia tomar para se nutrir,
portanto foi muito difícil renunciar a isso. Porém o chefe
africano parecia não querer nada mais. Assim, finalmente
consentiu em dar-lhe a sua cabra. O velho chefe então lhe
entregou sua lança de cobre que media aproximadamente 2
metros.
Stanley pensou que tinha levado desvantagem na troca, mas,
descobriu mais tarde que quando chegava a qualquer lugar
da África com aquela lança todos o reverenciavam e se
submetiam a ele. O velho chefe trouxe-lhe então um de seus
príncipes e Stanley apresentou um de seus homens, dos que
vieram com ele da Inglaterra. Em seguida o sacerdote
achegou-se a eles com um copo de vinho, fez uma incisão no
pulso do jovem negro e deixou que as gotas de sangue
caíssem no copo de vinho; fez também uma incisão no pulso
do jovem inglês e seu sangue também gotejou no mesmo
copo; o vinho então foi agitado e o sangue misturado. O
sacerdote deu o copo para o inglês para que bebesse parte
daquela mistura, em seguida deu-o também ao negro que
bebeu o resto dela. Então esfregaram seus pulsos um contra
o outro no lugar da incisão para que o sangue misturasse.
Estes dois homens foram apenas substitutos, porém uniram
Stanley e o chefe africano, e também os homens de Stanley e
os saldados do chefe africano como irmãos de sangue num
concerto indissolúvel.
Em seguida passaram pólvora no ferimento, para que quando
cicatrizasse ficasse uma marca escura indicando que eram
homens de aliança.
O próximo passo nesta cerimônia foi a plantação de árvores,
que eram conhecidas pela sua longa vida.
Após a plantação das árvores, o chefe africano adiantando-se
gritou: “Venham, comprem e vendam com Stanley porque
ele é nosso irmão".
Algumas horas antes os homens de Stanley tinham de
proteger seus fardos de algodão e suas bugigangas, mas
agora eles podiam abrir seus fardos e deixá-los no meio do
terreiro que nada era tocado.
Significava penalidade de morte tocar em alguma coisa de
um irmão de sangue. E o velho chefe africano fazia tudo para
agradar seu novo irmão.
Stanley não podia compreender quão sagrada era esta
aliança, e ainda anos mais tarde continuava sem entender.
Bênçãos e Maldições
Mostrarei agora um lado muito importante desta cerimônia:
Assim que os dois jovens beberam o sangue um do outro o
sacerdote adiantou-se e pronunciou as mais terríveis
maldições que Stanley já ouvira. Maldições que viriam sobre
ele se quebrasse a aliança. Depois o interprete de Stanley fez
a mesma coisa pronunciando maldições sobre o velho rei,
sua esposa, suas crianças e sua tribo, se quebrasse a aliança
feita com Stanley.
Lembre-se que quando Moisés repartiu a terra para as
diferentes tribos, chamou a atenção do povo para o monte da
maldição e o monte da benção.
Em Deuteronômio caps 11 e 27 encontramos as MaIdições e
as Bênçãos da Antiga Aliança. Todo ano as maldições eram
pronunciadas do monte da maldição e as bênçãos do monte
da benção.
O Memorial
A cerimônia da plantação de árvores era sempre feita se
vivessem numa região onde estas árvores crescessem. Estas
árvores eram chamadas memoriais, plantadas como
monumento comemorativo.
Em regiões onde estas árvores não cresciam eles
empilhavam pedras ou erigiam um monumento como um
memorial para relembrá-los, e aos seus descendentes de que
eram parceiros numa aliança indissolúvel.
Você deve se lembrar que Abraão deu algumas ovelhas e
cordeiros para Abimeleque e os cordeiros eram como um
memorial. Com o crescimento dos cordeiros e do rebanho,
permaneceria sempre a lembrança da aliança que fora
cortada com Abraão.
Assim que, quando termina a solenidade da aliança tudo o
que o homem, em aliança de sangue, possui, fica a
disposição de seu irmão de sangue, se ele precisar.
Geralmente seu irmão não lhe pede nada a menos que seja
forçado pela necessidade.
Algumas das histórias mais lindas que eu conheço são
histórias de irmãos em aliança de sangue.
Um outro aspecto importante é que tão logo cortam a
aliança, passam a ser reconhecidos pelos outros como irmãos
de sangue e são mencionados como tal.

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