Capítulo 7
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E. W. Kenyon |
“Aquele que não conheceu
pecado, Deus O fez pecado por nosso favor, para que pudéssemos nos tornar
Justiça de Deus Nele”.
Deus fez de Jesus pecado. O
pecado não foi somente computado a Ele, mas Seu espírito de fato se tornou
pecado.
Ele morreu duas vezes na
cruz.
Isaías 53.9 (Interpretação
Marginal) “E eles fizeram Sua sepultura com o perverso, e com o homem rico
em Suas mortes”.
Observe que “Em suas
mortes” está no plural.
Ele morreu espiritualmente no
momento em que Deus pôs o pecado sobre Ele e O fez tornar-se pecado. Ele morreu
fisicamente horas depois.
Ele morreu no espírito. Isso
é mencionado em 1 Timóteo 3.16 que Ele foi justificado no espírito e em 1 Pedro
3.18 que Ele foi vivificado no espírito.
O mais cedo que Ele foi
justificado, tal momento de justificação pertenceu ao mundo, pois Ele foi o
nosso substituto.
Romanos 4.25, “O que foi
entregue por conta das nossas transgressões e ressuscitou porque (ou quando)
fomos declarados justos”.
Quando fomos justificados?
Quando Jesus foi justificado.
Quando Jesus foi justificado?
Quando Ele foi vivificado no espírito.
Isso explica duas passagens.
Atos 13.33-34 onde Deus diz,
falando sobre o Senhor Jesus, “És meu filho, hoje te gerei”.
E Colossenses 1.15-18, “Que
é a imagem do Deus invisível, o Primogênito nascido de toda criação... e Ele é
a cabeça do corpo, a Igreja, que é o começo (primeiro), o primeiro nascido
dentre os mortos”.
Jesus foi a primeira pessoa
que nasceu de novo.
Ele foi o primeiro que
nasceu, e Seu nascimento fora da morte e dentro da vida foi por nós.
Agora podemos entender
Efésios 2.10, “Pois somos suas primícias, criados em Cristo Jesus”.
E quando Ele fez tal obra? No
tempo em que eu falei – no tempo em que Ele foi feito pecado, justificado,
ressurreto da morte, levou Seu sangue ao lugar celestial do Santo dos Santos e
sentou-se a destra de Deus.
Ele sentou porque a Sua obra
foi consumada, porque a nova criação pôde se tornar uma realidade.
Agora os homens passaram da
morte para a vida, puderam se tornar a Justiça de Deus Nele.
Se Jesus foi feito justo, e
feito tão justo ao ponto de que Ele pôde sair do inferno e ir para o céu, se
Ele após ter sido feito pecado, pôde tornar-se tão justo ao ponto de que Ele
pôde ir a presença do Pai, sentar a Sua destra, e ser aceito lá pelo Pai, então
cada um que aceita Jesus Cristo como Salvador, confessa Seu senhorio e recebe a
vida eterna, se tornará tão justo como Jesus é porque Jesus foi feito para nós
Justiça de Deus.
Isso não pára aqui. Ouse a
voltar para Romanos 3.26 e leia a versão americana.
“Que Deus pudesse Ele
mesmo ser justo, e a Justiça daquele que tem fé em Jesus”.
Aqui Deus declara que Ele
mesmo se torna a Justiça do homem que tem fé em Jesus como um Salvador e O
confessa como Senhor.
Se nos tornamos a Justiça de
Deus em Cristo – e a Justiça significa a capacidade de ficar na presença do Pai
sem condenação e com absoluta liberdade, então Deus resolveu o problema da
consciência do pecado.
COMO DEUS TRATA COM O PROBLEMA DO PECADO
Nenhum homem pode estar certo
com Deus simplesmente por tem seus pecados perdoados. Isso deixaria a velha
natureza que produz estes pecados ainda ser a dona da situação.
Mas quando um homem se torna
um filho de Deus, ele é uma nova criação.
“As coisas antigas se
passaram, eis que são novas. Mas todas estas coisas são de Deus, que nos
reconciliou com Ele mesmo através de Cristo”.
Há uma perfeita
reconciliação. Não poderia ser uma reconciliação perfeita se houvesse pecado
nesta nova criação.
Ele fez do homem um novo ser.
Ao mesmo tempo tudo o que o
homem já fez em sua vida passada é cancelado, apagado como se ele nunca tivesse
cometido pecado.
A palavra “Remissão” nunca é
usada em conexão com o crente. É sempre usada em conexão com o novo nascimento.
Os pecados de um homem são
cancelados apenas uma vez.
Oito ou nove vezes “APHESIS”
é traduzido “PERDÃO”. O perdão nunca é usado em conexão com o novo nascimento.
Tome como uma ilustração 1
João 1.9, “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Isto não está escrito para o
homem não salvo. Está escrito para o crente que perdeu a comunhão com o Pai.
Perdão pertence ao crente.
Remissão pertence ao pecador.
Observe cuidadosamente que a
natureza do pecado está eliminada e a nova natureza toma o seu lugar.
Todos os pecados que a velha
criação cometeu são apagados como se nunca tivessem existido. Deus não tem
lembrança deles.
Quando um homem lhe diz que
você deve confessar os pecados que você cometeu antes de nascer de novo, ele é
ignorante ao tratamento de Deus com o problema com o pecado. A nova criação não
tem pecados e pecado.
Se tivesse pecado, não teriam
nascido de novo. Se tivessem pecados, seus pecados nunca seriam cancelados.
Hebreus 9.26 diz, “Ao se
cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo
sacrifício de Si mesmo o pecado”.
Aqui temos a afirmação de
Deus em relação ao pecado. O homem pode se tornar uma nova criação porque sua
natureza pecaminosa foi posta em Jesus.
Quando Ele foi feito pecado e
acabou com o pecado, o problema do pecado foi uma questão fechada.
O homem mais perverso que já
viveu pode aceitar a Jesus Cristo, e no instante que ele aceita, ele se torna
uma nova criação. Quando ele se torna uma nova criação, a natureza do pecado
pára de ser e uma nova natureza toma o seu lugar.
A NOVA CRIAÇÃO
2Coríntios 5.17. Nós usamos
esta passagem uma vez, mas vamos para ela mais uma vez cuidadosamente.
“E assim se alguém está em
Cristo, é uma nova criação; as coisas antigas se passaram; eis que, tudo se fez
novo. Mas todas essas coisas são de Deus que nos reconciliou consigo mesmo
através de Cristo”.
Observe primeiro, “E assim
se alguém está em Cristo”.
A expressão “Em Cristo”
significa que quando um homem nasce de novo ele vem para Cristo. Assim como os
ramos estão na vinha, o crente está unido a Cristo.
Romanos 6.5, “Pois se nos
tornamos unidos com Ele na semelhança de sua morte, seremos também na
semelhança da Sua ressurreição”.
Há nossa união com Cristo.
Tal união significa que estamos Nele.
Então Ele diz, “E assim, se
alguém está em Cristo, há (ou ele é) uma nova criação”.
Não é um problema de pecados
perdoados, nem um problema de Ter bastante arrependimento; mas é um problema no
real novo nascimento.
O homem natural está sem
Deus, sem esperança, morto espiritualmente, um filho do adversário, e por
natureza um filho da ira. Quando ele aceita Jesus Cristo como seu Salvador,
confessa-O como seu Senhor, no mesmo momento ele é recriado por receber a vida
eterna, a natureza de Deus.
João 10.10, “Eu vim para
que eles possam Ter vida, e a tenham em abundância”.
João 5.24 declara que quem
crer Nele passa da morte para a vida e não vai a julgamento.
1João 5.12, “Aquele que
tem o Filho tem a vida”.
Ou 1João 5.13, “Estas
coisas eu vos escrevi, para que possais saber que possuis a vida eterna, a vós
outros que crêem no nome do Filho de Deus”.
Isso não é uma esperança de
vida eterna. Isso é o real recebimento da vida eterna, a natureza de Deus.
Quando você recebe esta
natureza você perde a velha natureza de satanás.
Você não pode Ter duas
naturezas ao mesmo tempo, se você pudesse você pertenceria a duas famílias ao
mesmo tempo.
Deus seria o seu Pai, e
satanás seria o seu pai. Quando você morresse teria que ir para ambos, céu e
inferno.
A parte do homem que é recriada
é seu espírito. Seu intelecto é renovado, seu corpo é curado – se doente.
Quero que você veja
claramente que esta Nova Criação criada em Cristo Jesus, que se tornou
participante da natureza divina, passou do domínio de satanás para o domínio de
Jesus Cristo.
Jesus é o Senhor desta nova
criação.
Gálatas 6.15, “Pois nem a
circuncisão é alguma coisa, nem a incircuncisão, mas a nova criação”.
Efésios 2.8-9, “Pois pela
graça sois salvos pela fé, e isto não é de vós, é Dom de Deus, não de obras,
para que nenhum homem se glorie”.
Tudo que um homem não salvo
faz no arrependimento, na renuncia de pecados, na penitência é obra de homem não
regenerado. Isso não tem posição diante de Deus.
Deus trata o pecador como ele
é. Não importa quão profundo seja o pecado que ele fez, o novo nascimento o
endireitará.
Pensávamos que o pecador
pudesse orar que ele pudesse se arrepender até que Deus o perdoasse.
Tudo isso está fora das
Escrituras.
Está certo para um judeu sob
a lei, mas não para um pecador sob a graça.
O pecador está morto. Todas
as boas obras que ele faz são obras do pecado. Ele é pecado. Deus não quer tais
obras.
Deus o trata como ele é –
cheio de pecado, rebelião, natureza satânica – e concede a ele a Sua natureza.
Sua natureza tira essa
sujeira, a natureza suja de satanás e o faz uma nova criação. Todos os pecados
da velha criação são cancelados instantaneamente.
O próximo passo no drama é o
ponto crucial de tudo.
2Coríntios 5.21, “Aquele
que não conheceu pecado Deus o fez ser pecado a nosso favor, para que
pudéssemos nos tornar a Justiça de Deus Nele”.
Tudo o que nós fizemos até
aqui foi para uma finalidade: para que pudéssemos nos tornar a Justiça de Deus
em Cristo.
O que a Justiça significa?
É a capacidade de ficar na
presença do Pai como se o pecado nunca tivesse existido, tão livre quanto Adão
antes de transgredir.
João 8.36, “Se, pois o
Filho vos libertar, vós sereis livres verdadeiramente (ou realmente)”.
Na Nova Criação o Filho nos
fez livres.
Romanos 8.1, “Não há mais,
porém nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus”.
Somos novas criações. Somos
Justiça de Deus em Cristo. Nós chegamos. Somos filhos de Deus.
A única Justiça que a Igreja
conheceu foi a Calvinista que faz o homem indigno justo.
Este novo tipo de Justiça,
que Paulo descreve, é a Justiça de homem justo que Deus o fez bom por conceder
Sua natureza a ele.
Quando Ele disse que o Meu
justo viverá pela fé, Ele está descrevendo uma nova criação que foi feita justa
com a Sua própria natureza.
Esta não é uma Justiça legal, nem uma Justiça considerada,
mas uma real concessão da própria natureza justa de Deus