"Mas Deus PROVA SEU AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós AINDA PECADORES." Romanos 5:8

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O PERIGO DA ESTAGNAÇÃO - PARTE 2

APOSTASIA – o último degrau da queda.

O contexto – 10:29-39

Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus:
- Muitos desanimaram e voltaram atrás por causa da perseguição (10.32-39).
Alguns que permaneciam certamente estavam tentados a voltar ao Judaísmo.

 Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações:
- que Jesus não era o Filho de Deus;
- que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum;
- e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno;
- Tudo isso está implícito em Hb 10.29.
Antes da conversão haviam pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Hb 6.6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser “renovada para arrependimento;” seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10.28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10.30-31).

Hebreus 6: 1-8

Ora para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo,
experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir,
e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública.
Pois a terra que absorve a chuva, que cai freqüentemente e dá colheita proveitosa àqueles que a cultivam, recebe a bênção de Deus.
Mas a terra que produz espinhos e ervas daninhas, é inútil e logo será amaldiçoada. Seu fim é ser queimada.
Hebreus 6:4-8.

CAÍRAM – parapipto (pa-ra-pi-p –to)  cair para o lado, isto é, (figurativamente) para apostatar: queda, distância. Se desviar do caminho certo, se desviam.

“é impossível para aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram também o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e saborearam a boa palavra de Deus, também os poderes do mundo vindouro, e de ter caído longe, novamente para renova-los à reforma, tendo crucificado novamente para si mesmos o Filho de Deus, e exposto à vergonha pública”. (YLT- tradução literal de Young)

O problema com a palavra “IMPOSSÍVEL”.
“...é impossível renová-los novamente para arrependimento...”
O autor fala claramente que é impossível renovar para arrependimento aqueles que caíram. Que entraram na apostasia ou o pecado imperdoável. “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não leva à morte, ore, e Deus lhe dará vida. Refiro-me àqueles cujo pecado não leva à morte. Há pecado que leva à morte; não estou dizendo que se deva orar por este”. 1 João 5:16
“Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos”. 1 João 2:19

Duas posições antagônicas na teologia: CALVINISMNO E ARMINIANISMO.

CALVINISMO – Uma vez salvo, salvo para sempre. Que muitos confundem com uma vez crente e batizado salvo para sempre.

ARMINIANISMO – O crente regenerado, filho de Deus, pode deixar de ser filho e se perder para sempre.

EQUILÍBRIO ESCRITURÍSTICO.

“As respectivas posições fundamentais, tanto do Calvinismo como do Arminianismo, são ensinadas nas Escrituras. O Calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação – e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do homem – e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos antibíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a outra. Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra a outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o legalismo”. (Myer Pearlman - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia).

O OBJETIVO DESTA MENSAGEM

Evitar o auto-engano. Temos pregado o glorioso evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo que transmite a nós paz e segurança na mente e no coração. Mas a nossa preocupação é que alguns possam concluir que viver debaixo da superabundante graça é viver de qualquer maneira. É viver em indolência e negligência com as responsabilidades espirituais. Tal concepção pode gerar muitos falsos conversos, falsa regeneração, pessoas escoradas em uma ilusão de salvação quando na verdade só tem uma casca de piedade, mas a natureza egocêntrica e satânica da antiga criação está intacta. A nossa ênfase é dada aos meios de segurança. 

“O poder de Cristo como Salvador; a fidelidade do Espírito Santo que habita em nós, a certeza das divinas promessas, e a eficácia infalível da oração. O Novo Testamento ensina uma verdadeira “segurança eterna,” assegurando-nos que, a despeito da debilidade, das imperfeições, obstáculos ou dificuldades exteriores, o cristão pode estar seguro e ser vencedor em Cristo. Ele pode dizer com o apóstolo Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.35-39)”. (Myer Pearlman - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia).

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